segunda-feira, 18 de junho de 2012

Richard Dawkins: O gene egoista e As evidencias da Evolução

No verão de 2011 (mesmo antes de iniciar o ano académico) comecei a ler a obra de Richard Dawkins "O gene egoista" e de seguida "O maior espectáculo da Terra - As evidencias da Evolução", que terminei já na faculdade. Para mim que ainda sou estudante do ensino superior é uma obra de cariz científico mas acessível á compreensão geral, (como era objectivo do autor quando a redigiu). A tese central de todo o argumento é a de que o gene (e não a espécie ou mesmo o individuo) é a unidade básica da da selecção natural, tendo esta como base a selecção de genes a partir de determinado fundo genético de acordo com as capacidades que proporcionam aos organismos em que se encontram. Ao longo do texto, Dawkins explica alguns comportamentos aparentemente altruistas de certos individuos (animais e humanos) de acordo com esta tese e apresentando argumentos válidos apoiados por uma breve e simnples análise estatística de certas situações, como por exemplo no caso de um grupo de leões, estes caçam uns para os outros (as femeas caçam umas para as outras e para os machos), correndo alguns riscos, no entanto, ao avaliar a probabilidade de partilha de genes entre individuos, é verificável que entre si têm uma probabilidade de partilhar genes superior á probabilidade entre primos e inferior á probabilidade entre irmãos, sendo então vantajoso para os genes (e não para o individuo) correr alguns riscos para o bem da comunidade. Dawkins vê-nos como máquinas génicas, mas no entanto admite que (devido á nossa complexidade de pensamento) temos livre arbitrio e não são apenas, mas maioritáriamente, os genes que contam. Concordo com esta ideia apenas até certo ponto, pois são os genes que nos fazem aptos a usar esse pensamento, esse livre arbítrio, sendo este um factor preponderante na evolução e no nosso dia a dia. Sendo que depende dos genes, mais uma vez são estes que fazem as nossas características psicológicas e comportamentais porque "ditam" o modo como reagimos a estimulos exteriores e como este nos pode modificar.
Na 2ª obra que li o autor explica as bases dos argumentos da Teoria Sintética da Evolução que muitos de nós aprendemos no ensino secundário, relatando, inclusivamente experiecias (bem sucedidas) que visavam apoiar experimentalmente, com factos observaveis em laboratório, esta teoria que está a um passo de se tornar um facto cintífico. Foi realizada uma experiencia utilizando uma cultura bacteriana que foi evoluindo gradualmente, á medida que ia sendo submetidaa a alterações do meio (divergentes), pdendo no final distinguir-se grupos com características diferentes que podiam não ser já consideradas da mesma especie. Este é um dos momentos mais importantes desta obra, pois uma das  principais críticas á Teoria Sintética da Evolução é o "facto" de não se poder verificar/observar a evolução inter-especifica, quanto muito e apenas a evolução intra-especifica. Ler (por completo) estas 2 obras elucidou-me (ainda mais) sobre este assunto. Ambas são de leitura recomendável, mesmo a leigos.           

1 comentário:

  1. Muito bom, conseguiste sintetizar bem o que o autor se propôs a explicar nesses dois livros.

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